UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - UFMT
Docente: Perla Hayde
Discente: Anselmo Polcaro Ribeiro, Stella Bárbara Viana e Waldenor Carmo
LINGUAGEM NÃO VERBAL
A necessidade de transmissão de informação de uma pessoa para outra, ou seja da linguagem gera a busca de criação de meios de comunicação para aqueles que por qualquer motivo estão incapacitado da utilização do meio de comunicação verbal. A linguagem não verbal é extremamente necessária para comunicação e é feita de várias formas como veremos mais à frente.
PALAVRAS CHAVES
Comunicação interpessoal, comunicação visual.
CONCEITO
Segundo o Escritor Genilson Araújo
“Linguagem não verbal é toda e qualquer comunicação em que não se usa palavras para explicar a mensagem desejada.”
Os estudos referentes a comunicação não verbal são divididos em quatro principais campos:
Proxêmica: está relacionado com o espaço e ambiente que o indivíduo utilizada ao seu redor para comunicar-se;
Aparência física: trata-se do impacto que as características físicas do comunicador podem provocar no receptor, ou seja, as “primeiras impressões”;
Paralinguagem: está relacionado com as características sonoras e como estas podem influenciar nos significados de um discurso, por exemplo. A intensidade, volume, velocidade, pausas, são alguns exemplos;
Cinésica: trata dos movimentos executados pelo corpo, destacando as expressões faciais, os gestos e seus significados de acordo com a cultura e contexto de uma sociedade, por exemplo.
Linguagem não verbal e a comunicação interpessoal
Para termos um entendimento melhor sobre o assunto iremos falar da aplicação da linguagem não verbal em uma das maiores interações interpessoais não verbal do mundo o trânsito.
Sinais de transito
A sinalização de transito é a forma pela qual se regula, adverte, orienta, informa, controla a circulação de veículos e pedestres nas vias terrestres. Sempre que for necessário será colocado ao longo das vias sinais de transito previsto no código de transito ou em legislação completa.
O uso da comunicação não verbal na sinalização de transito obedece a padrões internacionais, adaptada ás leis de cada país.
Os sinais de transito classificam-se em:
Sinais Exemplos
Verticais Placas de sinalização
Horizontais Marcas viárias (marcações no solo)
Dispositivos de sinalização auxiliar Tachas, cavaletes, cones, tachões
Luminosos Semáforo
Sonoros Silvo de apito (Feito pelo agente)
Gesto do agente de transito Sinais com os braços dos agentes e usuários
Vejamos alguns exemplos:
- Verticais:
Indica lombada na pista.
Indica homens trabalhando.
Proibição de parada e estacionamento.
- Horizontais
Faixa de pedestre.
Sinalização de lombada, acostamento e de proibição de ultrapassagem.
Indicação de rampa de acessibilidade.
- Dispositivos de sinalização auxiliar
Barreira utilizado para auxilio no fluxo do trânsito.
Cavaletes normalmente usados para bloqueios.
Cone usado para indicar de alerta também para auxilio em blitz.
Semáforo para controle de fluxo de automóveis em cima e abaixo de pedestres.
- Sonoros
Silvo utilizando apito normalmente seguidos por gestos com a mão.
Gesto do agente de transito.
Gestos usado com o auxílio de silvos pelo guarda de trânsito.
A linguagem corporal faz parte da linguagem não verbal. De acordo com pesquisas,55% do impacto de uma mensagem sobre o receptor são de gestos e movimentos.
Além dessas linguagem temos outras em especiais utilizado para comunicação com portadores de necessidades especiais.
No caso de pessoas cegas existe uma linguagem exclusiva.
Código braile
O Braille é um sistema de leitura para cegos criado por Louis Braille em 1824.
Cada célula braille possui 6 pontos de preenchimento, permitindo 63 combinações. Alguns consideram a célula vazia como um símbolo também, totalizando 64 combinações. Assim, podem-se designar combinações de pontos para todas as letras e para a pontuação da maioria dos alfabetos.
Cada ponto da célula recebe um número de identificação de 1 a 6, iniciando no primeiro ponto superior à esquerda, e terminando no último ponto inferior à direita, no sentido vertical.
O braille é lido da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos. Vários idiomas usam uma forma abreviada de braille, na qual certas células são usadas no lugar de combinações de letras ou de palavras frequentemente usadas. Algumas pessoas ganharam tanta prática em ler braille que conseguem ler até 200 palavras por minuto.
As primeiras dez letras (A a J) só usam os pontos das duas fileiras de cima. Os números de 1 a 9 e o zero são representados por esses mesmos dez sinais, precedidos pelo sinal de número, especial.
As dez letras seguintes (K a T) acrescentam o ponto no canto inferior esquerdo a cada uma das dez primeiras letras.
As últimas cinco letras (U a Z) acrescentam ambos os pontos inferiores às cinco primeiras letras, a exceção da letra "w", que foi acrescentada posteriormente ao alfabeto francês.
Em ordem exemplo do alfabeto braile, as letras a, b e c.
Língua brasileira de sinais (LIBRAS)
A língua brasileira de sinais (Libras) é a língua de sinais (língua gestual) usada pela maioria dos surdos dos centros urbanos brasileiros e reconhecida pela Lei. É derivada tanto de uma língua de sinais autóctone, que é natural da região ou do território em que habita, quanto da língua gestual francesa; por isso, é semelhante a outras línguas de sinais da Europa e da américa. A Libras não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte, como o comprova o fato de que em Portugal usa-se uma língua de sinais diferente, a língua gestual portuguesa (LGP).
Assim como as diversas línguas naturais e humanas existentes, ela é composta por níveis linguísticos como: fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Da mesma forma que nas línguas orais-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais também existem itens lexicais, que recebem o nome de sinais. A diferença é sua modalidade de articulação, a saber visual-espacial, ou cinésico-visual, para outros. Assim sendo, para se comunicar em Libras, não basta apenas conhecer sinais. É necessário conhecer a sua gramática para combinar as frases, estabelecendo comunicação.
Os sinais surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação — locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos também de expressões faciais e corporais que transmitem os sentimentos que para os ouvintes são transmitidos pela entonação da voz, os quais juntos compõem as unidades básicas dessa língua. Assim, a Libras se apresenta como um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Como em qualquer língua, também na libras existem diferenças regionais. Portanto, deve-se ter atenção às suas variações em cada unidade federativa do Brasil. Os sinais representando o alfabeto.
Os sinais representando o alfabeto.
Entre esses casos especiais ainda há a o chamado PISO TÁTIL.
Piso tátil, também chamado de: superfície tátil, pavimento tátil ou podotáteis são faixas em alto-relevo fixadas no chão para fornecer auxilio na locomoção pessoal de deficientes visuais. Esses pisos têm, como serventia, auxiliar a caminhada das pessoas, sejam elas deficientes visuais, crianças, idosos e até mesmo turistas. Como revestimento de chão, os pisos táteis não funcionam sozinhos e sim com uma composição de peças que caracterizam uma caminhada segura e com autonomia.
Portanto, deve ser levado em consideração o desenho universal deste produto, lembrando que o seu significado deve ser evidente e de fácil reconhecimento, expressando uma linguagem simbólica onde quer que se encontrem. É fundamental que a implementação do piso tátil seja realizada levando em conta a usabilidade de seu usuário. Deve-se evitar de todas as maneiras guiar o deficiente visual a áreas sem saída ou que possam oferecer perigo. Todo obstáculo deve estar devidamente sinalizado com o piso tátil de alerta. São áreas como portas de elevadores, escritórios e banheiros, escadas, catracas, entre outros.
Vejam nas imagens abaixo o uso de piso tátil.
Nessa pesquisa podemos notar a grande importância da linguagem não verbal e sua utilização na sociedade onde podem ser de uso universal e de seu papel de inclusão social.
Bibliografia
Darwin, C. (2000). As Expressões das Emoções nos Homens e nos Animais. Cia das Letras: São Paulo
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